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Mea culpa

Passei a minha infância visitando Museus, galerias de arte, indo a Concertos da OSPA e viajando para ver Óperas, concertos e museus. Mesmo quando eu reclamava que eles estavam nos transformando em ETs ou que eu iria perder o Carnaval na SAPT, meus pais não davam a menor bola e continuavam a fazer exatamente as mesmas coisas.

Me levaram à Disney com 8 ou 9 anos, não lembro bem. Ficamos uns 2 dias apenas, pois tínhamos que visitar coisas mais importantes: Cabo Canaveral, Washington (com um pit stop em Baltimore, para conhecer a cidade onde eles moraram e a Universidade onde meu pai havia feito sua “livre-docência”) e os museus de Nova York, tudo em 1 mês. Fevereiro é óbvio, porque eram as férias de meu pai. Não preciso contar o frio que passávamos!

Nas férias de julho minha mãe nos levava para o Rio, Museu Nacional, MAM, Sala Cecília Meirelles, Ópera no Municipal, etc. e subir a Serra para ver a herança imperial e a casa do Santos Dumont, que minha mãe adora contar para o Pedro. Pequenos, conhecíamos bem, entre outras maravilhas da humanidade (como meu pai fazia questão de frisar) o Museu Nacional. ESSES LUGARES TINHAM PÚBLICO! Hoje não há mais público, você vai aos mesmos lugares e não tem ninguém. Eu vou bastante ao Rio e já levei meu filho a alguns Museus. Fomos assistir a Carmina Burana no Municipal (que estava fazendo uma produção sozinho, sem cenários, para arrecadar $ para pagar os funcionários que não recebiam há meses). As bailarinas iam para rua dançar e pedir moedinhas para “salvar” o Theatro. Heroínas.
Mas eu NUNCA levei meu filho ao Museu Nacional. NUNCA. Ele vai fazer 8 anos em novembro, eu achava que ainda iria ter tempo para fazer isso com ele, então preferi aproveitar a praia. Agora ele só vai conhecer o Museu se um milagre acontecer (sorte que eu acredito em milagres).
Estou muitíssimo triste e a culpa é minha, o povo também tem uma parcela de culpa nesse incêndio. Fazemos escândalos virtuais pela existência da Momo e não damos nem um piu a respeito da situação escandalosa de abandono de nossos museus e prédios públicos.
Essa culpa meus pais jamais vão carregar.

 

***Publiquei esse texto hoje no FaceBook e comentando em um ‘post’ de uma amiga que é professora da UFRJ uma aluna me corrigiu, disse que há visitação sim (os estudantes tem aulas lá). Eu não tenho dados estatísticos, mas tenho visto os museus antigos em geral abandonados e vazios. Já o Museu do Amanhã está sempre com filas imensas.

*** Infelizmente parece que eu tinha razão : https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2018/09/03/numero-de-visitantes-do-museu-nacional-em-2017-foi-inferior-ao-de-brasileiros-que-estiveram-no-louvre.ghtml

 

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Educando Meninos

“We’re now more likely to tell our daughters they can be anything they want to be — an astronaut and a mother, a tomboy and a girlie girl. But we don’t do the same for our sons.

Even as we’ve given girls more choices for the roles they play, boys’ worlds are still confined, social scientists say. They’re discouraged from having interests that are considered feminine. They’re told to be tough at all costs, or else to tamp down their so-called boy energy.

If we want to create an equitable society, one in which everyone can thrive, we need to also give boys more choices. As Gloria Steinem says, “I’m glad we’ve begun to raise our daughters more like our sons, but it will never work until we raise our sons more like our daughters.”

That’s because women’s roles can’t expand if men’s don’t, too. But it’s not just about women. Men are falling behind in school and work because we are not raising boys to succeed in the new, pink economy.” 

Tento ensinar o Pedro respeito, cavalheirismo, etc e tal. Mas vai muito além, esse artigo do NYT é bem esclarecedor e traz boas orientações. Curti e por isso compartilho.

 SEGUE O LINK DA ÍNTEGRA :

Artigo NYT

 

Educar não é fácil, mas não existe outra alternativa.

Educar não é fácil, mas não existe outra alternativa.

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02/07/2017 · 11:56

Repost: Grávida também pode! Receitas de deliciosos drinques especiais para gestantes

Adorei este “post” sobre “enganar a vontade de beber uns bons drinques durante a gestação com esta seleção de receitas deliciosas e sem álcool”, não vejo a hora de experimentar as receitas! Amigas grávidas: me aguaarrrrdeeeemmm!

Fonte: Grávida também pode! Receitas de deliciosos drinques especiais para gestantes

 

Sixteen, Trump International Hotel & Tower, Chicago, IL 60611 http://www.sixteenchicago.com/

Sixteen, Trump International Hotel & Tower, Chicago, IL http://www.sixteenchicago.com/ * “in love” com este gelo que, segundo o atendente, é cortado à mão!

 

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Festa Junina, boa desculpa para dançar um forró

A-do-ro dançar! E não tem nada mais gostoso do que aproveitar esse friozinho para dançar um forrozinho grudadinho no seu amorzinho!

Compartilho com vocês uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos, boa pra dançar :

Espumas ao Vento

“E de uma coisa fique certa, amor
A porta vai estar sempre aberta, amor
O meu olhar vai dar uma festa, amor
Na hora que você chegar”

Se o seu olhar nunca deu uma festa ao ver seu amor, você não sabe o que é sentir saudades!!!

***

E se você não quer dançar, apenas ouvir, há 2 versões lindas : do autor Fagner e da musa Elza Soares.

A versão de Elza teve uma gravação especial para o fofíssimo Filme “Lisbela e o Prisioneiro”, maravilhosa!

 

Lisbela e o Prisioneiro, Brasil, 2003

“O amor me chamou pra um outro lado e eu fui atrás dele. Eu pensei que se eu não fosse, a minha vida inteira ia ser assim. Vida de tristeza, vida de quem quis de corpo e alma e mesmo assim não fez.

Daí eu fui. Eu fui e vou, toda vez que o amor me chamar, vocês entendem? Como um cachorrinho, mas coroada como uma rainha.”

Lisbela e o Prisioneiro, Brasil, 2003

 

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Annie e a primavera

Só eu que acordo com vontade de dançar nesses dias lindos de primavera como se vivesse num musical?

Na realidade minha versão emburrada detesta musicais, mas aí sempre tem os dias “Pollyanna” (pronuncia-se “Poliêêna” rsrs) nos quais eu adoro musiciais! Um desses que mora no meu coração é Annie, a órfão ruivinha, alguém lembra?

Quando criança eu adorava essa versão para cinema do musical Annie:

Annie 1982

As música são demais!

Esses dias vimos com o Pedro a nova versão que também é uma gracinha, só não achei no Netflix, vimos em DVD mesmo.

Annie 2014

Qualquer um das versões é boa dica para o final de semana.

Beijos e bom findi!!!

***Também adoro a versão da Grace Jones para Tomorrow

Tomorrow

The sun will come out, tomorrow
Bet your bottom dolar that tomorrow, there’ll be sun
Just thinking about, tomorrow
Clears away the cobwebs and the sorrow,
Til there’s none.

When im stuck with the day, thats grey, and lonely,
i Just stick out my chin and grin and say,

The sun will come out, tomorrow
So you gotta hang on til tomorrow,
Come what may,
Tomorrow, tomorrow, I love ya, tomorrow
You’re always a day away

The sun’ll come out, tomorrow,
So you gotta hang on til tomorrow,
Come what may,
Tomorrow, tomorrow, i luv ya tomorrow,
You’re always a day away,
Tomorrow, tomorrow, I luv ya tomorrow,
You’re always a day away.

Tomorrow, tomorrow, I luv ya tomorrow,
You’re always a day-a-way!!!

Curtindo Annie (no intervalo do Minecraft! Rsrs)

 

 

 

 


 

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Aging

“While others are frightened of aging, so much so they’ll slather cream on their faces and inject botulism in their body, I don’t mind my age – I only regre the time I lost. All the years I simply do not remember. All the mistakes I’ve made, people I’ve hurt, words and time I can’t get back.” In On regret and losing time

 

Não tenho medo da idade, mesmo porque sou, desde sempre, a pessoa mais velha do mundo. Sim, já nasci velha, chata, retrógrada, reacionária e cheia de manias e isso só se agravou. Provavelmente se agravará ainda mais.

Odeio quando dizem que 40 anos ainda é jovem e etc e tal. Não é. Por que diabos essa necessidade de “ser jovem” depois dos 40? Como se fosse houvesse alguma incompatibilidade intransponível entre ser velho e ser feliz. Pois é bom se acostumar, pois a velhice é ótima e como dizem “beeeeeeemmmm melhor que a segunda opção”.

Para falar a verdade, agora que estou velha “de verdade” me sinto bem mais confortável. Ainda não estou igual aquilo que sonhei de mim mesma, mas já me sinto mais perto e com esperanças de chegar lá.

Tenho muitas vontades, menos a de voltar a ser jovem. Quando eu era jovem perdi muitos afetos que só o tempo me mostrou a falta que fazem. Amizades, contato com gente que eu gosto, pessoas que se foram e que eu não convivi tanto quanto gostaria. Perdi diversas oportunidades de ficar quieta e outras tantas de pedir desculpas. Coisas que ocorreram porque eu achava que era tudo eterno e assim sempre poderia resgatar, desfazer qualquer mal-entendido.

O tempo passa rápido – rápido mesmo – e a gente perde muita coisa no caminho, porque temos um zilhão de coisas para realizar e muita pressa para chegar não sei aonde. O  tempo também ensina, ensina muitas coisas que só se aprende quando ele passa de verdade, por isso a velhice traz também outras vantagens, além de ser melhor que a segunda opção!

Então, por mais que sinta que vou  viver mais de 100 anos (é a média das mulheres da minha família), não posso contar com isso. Assumi que estou na metade da vida. Vou dedicar o resto dela a tentar resgatar de alguma forma o que perdi, fazer melhor e com mais cuidado o que de novo aparecer, aperfeiçoar as coisas que gosto e faço bem e aprender, aprender, aprender, aprender e aprender.

Aí então, quem sabe, depois dos 80 eu tenha mais uns 20 anos de sobra para ensinar alguma coisa…

Pretendo descobrir / No último momento / Um tempo que refaz o que desfez – Chico Buarque em “Todo Sentimento

 

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Quarentona faceira!

 

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